ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO BARRO BRANCO
FARDAMENTO HISTÓRICO
CONDECORAÇÕES
AGRACIADOS PRESENTES
3º Grau: Colar “Cadete PM
Ruytemberg Rocha – O Cadete Herói de 1932”
1- Cel PM Irahy Vieira Catalano
2- Cel PM José Francisco Giannoni
3- Cel PM Celso Feliciano de Oliveira
2º Grau: Colar “Cadete PM
Ruytemberg Rocha – O Cadete Constitucionalista”
1- Ten Cel PM Ari Bezerra
dos Santos
2- Ten Cel PM Rosa Rosa de
Cassia Suzuki
3- Alfredo Pires Filho
4- Amado Rubio
5- Abílio José Mendes Gomes
1º Grau: Medalha “Cadete
Constitucionalista”
1- Maj PM Miguel Angelo Minozzi
2- Maj PM Márcio Navarro de Camargo
3- Maj PM Carlos Ricardo Gomes
4- Maj PM Walter Castro Garcia
5- Cap PM Luis Humberto Caparroz
6- Cap PM Shirlei Maronez de Souza
7- Cap PM Déu Freitas de
Andrade
8- 1º Ten PM Eliéverson de Lima
9- 1º Ten PM Leandro Carlos Segre
10- 1º Ten PM Anderson da Silva
Dias Brasil
11- Al Of PM José Ricardo Nahrlich
Junior
12- Al Of PM Eduardo Garcia da
Costa Marques
13- Al Of PM Vagner Aparecido Regazzoni
14- Al Of PM Gustavo Henrique
dos Santos Postigo
15- Al Of PM Renato dos Reis da
Freiria
16- Al Of PM Luan Rossi Klink
17- Al Of PM Mariana Terra Jensen
18- Al Of PM Eduardo Alves Matta
19- Al Of PM Filipi da
Silva Cassavara
20- Al Of PM Ricardo de
Goes Correia
21- Sgt PM Sérgio Moralez
22- Marinei Angelo Chalub de
Oliveira
23- Ricardo Della Rosa
24- Alfredo Duarte dos Santos
25- Prof.º Jeferson Biajone
26- José Roque Dias
NOTA PARA BOLETIM INTERNO Nº APMBB- 053/415/12
5ª PARTE
ASSUNTOS CIVIS
01 – NOTA ALUSIVA À SOLENIDADE EM HOMENAGEM À CESSAÇÃO DAS
HOSTILIDADES DOS 80 ANOS DO MOVIMENTO CONSTITUCIONALISTA DE 1932 - PUBLICAÇÃO
Nesta solene oportunidade
expressamos nossa justa homenagem ao povo paulista que fez frente na batalha
por um país mais justo, na batalha por um ideal.
Mas que ideal foi este?
O ideal da restauração da
lei, da democracia.” O pálio que abriga a nação inteira – a constituição, freio
do arbítrio, tutelar de direitos e garantias”, onde o que impera não é o poder
de alguns, mas sim o poder do povo, um poder democrático.
Nós, paulistas, e,
brasileiros, fizemos frente a um movimento constitucionalista. Um movimento que
não teve o escopo de ser separatista, não foi nem regionalista e nem
militarista, como apregoam os arautos da ditadura, mas sim um movimento
cívico-militar que visava a busca pelo poder de decisão quanto aos nossos
próprios destinos.
“São Paulo forte num Brasil
unido!” – O apelo lançado pelo General Salgado ao povo paulista a 09 de julho
de 1932, continua legítimo e atual.
A ampla mobilização dos
paulistas às armas reuniu valorosos homens e mulheres, jovens e adultos, civis
e militares, pobres e ricos. Uma legião de idealistas que lutou bravamente por
um país mais justo. Foram 3 meses de batalha. São Paulo, já sozinho, resistiu
fortemente às ações das tropas getulistas, combatendo em inúmeras frentes pelo
estado.
Dia 02 de outubro de 1932. É
o fim! Está consumado! Cessam-se as hostilidades vindas das tropas federais
contra o povo paulista.
A luta épica pela
constitucionalização, pela democratização, para que não vivamos sob a égide de
uma ditadura estava acabada.
Segundo palavras do
Excelentíssimo Senhor Coronel de Polícia Militar Jairo Paes de Lira
(ex-deputado federal e também ex-comandante da Academia do Barro Branco) em
discurso na Câmara dos Deputados: “foi o dia em que as armas silenciaram. Foi o
dia em que terminou a oposição armada entre irmãos brasileiros relacionada a
uma grande causa, a causa da reconstitucionalização do país, que, na época,
viveria sob um tacão de ditadura. O sangue generoso de brasileiros que tiveram
a iniciativa de se erguer em armas contra a ditadura acabou por promover em 2
anos uma pressão política tão importante que apesar de todo o poderio da
ditadura foi obrigada a aceitar a Constituinte de 1933 que acabou levando a
Carta de 1934” .
Enganam-se aqueles que
tratam o 2 de outubro como a “data da rendição” ou aqueles que acham que a
nossa vitória é de Pirro, a saber: uma vitória conquistada a alto preço que
acarretou grandes prejuízos. Não foi uma decisão fácil para o então Comandante-Geral
da Força Pública, Coronel Herculano de Carvalho, assinar o armistício de nossas
tropas, pois diante do cenário totalmente desfavorável que São Paulo se
encontrava, o esfacelamento de várias linhas de defesa, e do sacrifício de
milhares de combatentes em ambos os lados, poupou assim a vida de muitas
pessoas.
Embora tenha sofrido muitas
críticas naquele momento, até mesmo de alguns líderes constitucionalistas, o
Coronel Herculano manteve-se firme na sua decisão, pois a idéia de preservar
vidas já era a razão de ser da Instituição que hoje leva o nome de Polícia
Militar do Estado de São Paulo. Essas críticas são justificadas pelo calor das
batalhas e também, pelo desconhecimento da situação real dos combates, uma vez
que quem “sentia na carne” as dificuldades eram os combatentes paulistas. Dessa
forma, após o Comando Constitucionalista negociar o cessar fogo com o Governo
Provisório, coube à Força Pública o desarmamento dos voluntários e o
restabelecimento da ordem no Estado.
O eco da caminhada heróica de
1932 está em cada um de nós. Este barulho na história brasileira ecoa na
invernada do Barro Branco, onde alunos oficiais desta centenária Casa de Ensino
fazem questão de preservar a memória desta epopéia, através do Núcleo Cadete
Ruytemberg Rocha, pois o sangue de Antonio Ribeiro Junior, Manoel dos Santos
Sobrinho e Ruytemberg Rocha não foi derramado em vão.
O que ficou foi o efeito
moral da reação à ditadura.
Ficou a lição de que nenhuma
ditadura é absoluta.
Ficou a lição do bem-fazer
por São Paulo e pelo Brasil, pois, como inscrito no Brasão de Armas do Estado
de São Paulo, instituído por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932,
"Pelo Brasil façam-se grandes coisas".
São Paulo, 03 de outubro
de 2012.
Texto proposto por mim,
Aluno Oficial Al Of PM JOSÉ RICARDO NAHRLICH JUNIOR e aprovado pelo Sr
Comandante da Academia de Polícia militar do Barro Branco, Coronel PM JOSÉ
MAURÍCIO WEISSHAUPT PEREZ.
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