CADETE RUYTEMBERG ROCHA

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O fim das hostilidades


REVOLUCIONÁRIOS SENDO ATACADOS POR AVIÕES FEDERAIS


Transcorrido cerca de três meses após o início da Revolução, ocorre o fim das hostilidades, e a derrota do Estado de São Paulo, que com coragem moral e em situação bélica desfavorável em relação ao Governo Provisório, lutou com todos os seus esforços. São Paulo sacrifica muitos de seus filhos na luta pela reconquista da Carta Magna Brasileira.
Diante dos rumos que o conflito foi tomando, e com as negativas de apoio dos Estados da União que inicialmente eram simpatizantes da causa bandeirante, mesmo com toda a luta, esforços e sacrifícios do povo de São Paulo, a derrota não foi uma surpresa, mostrando-se inevitável.
Diante do cenário totalmente desfavorável que São Paulo se encontrava na guerra, o esfacelamento de várias linhas de defesa, e do sacrifício de milhares de combatentes em ambos os lados, entre eles o do próprio Comandante da Força Pública Paulista, Coronel Júlio Marcondes Salgado. O Coronel Herculano de Carvalho, novo Comandante-Geral da Milícia Bandeirante, lança um manifesto pelo armistício de São Paulo, poupando assim, a vida de muitos civis e militares, pois sem a presença da Força Pública, as ações bélicas seriam insustentáveis. “Nesse sentido, o manifesto do Cel. Comandante da Força Pública, Herculano de Carvalho, que substituíra o Cel. Marcondes Salgado, é um documento impressionante pelo seu realismo, pela sinceridade, pela coragem e sobre tudo pelo bom senso.” (BASBAUM, 1962, p. 50).
Embora tenha sofrido muitas críticas naquele momento, até mesmo de alguns líderes constitucionalistas, o Coronel Herculano manteve-se firme na sua decisão, pois a luta naquelas condições era insustentável. Essas críticas são justificadas pelo calor das batalhas e também, pelo desconhecimento da situação real dos combates, uma vez que quem “sentia na carne” as dificuldades eram os combatentes paulistas. Dessa forma, após o Comando Constitucionalista negociar o cessar fogo com o Governo Provisório, coube à Força Pública o desarmamento dos voluntários e o restabelecimento da ordem no Estado. 
            

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